"... afirmo com toda a minha certeza as suas altas qualidades enquanto profissional, no sentido de uma pesquisa que reflete uma abordagem transdisciplinar do desenvolvimento do ser humano na época contemporânea ao redor do corpo em seus vários significados (fisiológicas, artístico, relacional, auto identidade) (...)" Ph.D. Fátima Feliciano, 2012

“Assisti a várias das suas exposições e pude observar o respeito dos seus pares a respeito da sua obra e posso afirmar sobre as suas qualidades intelectuais e trabalho árduo.” Ph.D. Helena Marques, 2012.

"... gostaria de enfatizar a sua forte capacidade criativa e analítica, e as suas excelentes habilidades comunicacionais." Ph.D. Antònia Vilà, 2012.

"...destaco o interesse da pesquisa multidisciplinar no campo da arte e sua relação com a Ciência e a Tecnologia." Ph.D. Alicia Vela, 2012.

“…destaco o interesse da investigação realizada – pelo seu carácter multidisciplinar e arrojado – dentro do campo da Arte e sua relação com a Ciência e a Tecnologia médica a partir da analise de visualização da intervenção médica nas suas distintas vertentes, com especial ênfase, nesta última etapa, com a intervenção da medicina legal.” Ph.D. Alicia Vela, 2011.

“...confrontar barreiras e limites culturais na clássica temática Eros/Tanatos, nos seus pólos atracção repulsão. Para a sua execução o autor faz uso e apropria-se de forma eloquente e dextra do desenvolvimento tecnológico, para o fazer chegar ao público, seja no contexto científico como artístico, promovendo assim a extensão e o impacto dos trabalhos na sua duplicidade de objectivos: investiga e envolve activamente o público nesse processo do eu que investiga um objecto que também o é ele próprio.
Por este meio decorre um avanço desafiador da temática emergente da busca de identidade do indivíduo múltiplo metamorfoseada e camaleónico numa sociedade que se apresenta e é percebida como exigente e implacável para o sucesso / integração / realização; onde o eu humano na sua grandiosidade de potenciais e fragilidade de limites, anseia ultrapassar-se compondo-se como super-herói da urbe cibernética, onde a pele é limite de protecção e simultaneamente barreira da dinâmica e extensão do organismo versus desenvolvimento virtual e global.” Ph.D. Fátima Feliciano e Dr. Reis Marques, 2011.

“Se Orlan, na sua carnal art, apresenta a cirurgia e o resultado (num processo de contestação política, não da operação estética em si mas da visão social que a instiga) (Orlan, 2009), Sá Cabral quer ficar-se pelo corpo aberto, corpo sobre o qual questiona o que nos leva ao extremo sofrimento da carne no processo de sedução.” Clara Gomes (Investigadora e Jornalista), 2010.

“Corpo embelezado na abordagem do autor no fascinar-se e enaltecer-se nesse corpo desfrankensteinizado (cf. obras do autor: "cordões umbilicais", 2000 e “Brokenhearted lovers”, 2001), corpos rasgados na e pela cirurgia (“never enough…”, 2004), realçando a beleza dos ‘pedaços’, a sua beleza individualizada como se separasse cuidadosamente os heterónimos que compõem o eu/todo já expresso por F. Pessoa. Movimentos de auto-dissecação num corpo espantado e que é um espanto, libertado mas angustiado pela prisão dos seus limites que o levam a artificializar-se na superação e na desbestialização do que o novo desenvolvimento tecnológico nos tornou cativos, no desejo do anonimato/individualização contra a vigilância do poder e controlo das forças sociais e contra a vigilância do poder e controlo das forças psico-emocionais. Pela dor e contra a dor surge a fuga ao controlo bestializante que as sociedades modernas encerram e condenam. Destruo-me para não ser destruído, reconstruo-me para ser vivido e imorredouro física e emocionalmente, para me fundir no outro onde me veja espelhado como ser belo que pode e deve ser amado, e assim poder finalmente morrer porque se torna imortal ao ser amado. (...) Tendo então aqui a expressão artística do autor (como se avalia na expressão artística de todos os autores), uma função de expor, contrariamente à de esconder “…um vazio intrínseco desconcertante”, Sá Cabral, 2009, p.8). Ao insinuar um corpo, ou as suas obras e palavras, despoja-se, desnuda-se, expõe-se, talvez na metáfora de se esconder nessa máscara exuberante esteja o eterno paradoxo de ser lido e descoberto o vazio que (se)quer ocupar, como se limpasse os despojos, os sujos de quem constrói um espaço novo para que este seja ocupado pelo novo ‘amor’. (...) É então um artista em eterno devir, de construção que se contém sem ser contido, de e pelo aço, de e pelas células estaminais (numa precocidade prodigiosa) que o salvam mas que também o têm remetido para o confinamento, agora em reconstrução pela hetero-mutilação da exposição ao (re)talhar do(s) outro(s) – do qual nós próprios somos uma representação, aqui nestas palavras. (...) As obras de Sá Cabral não nos permitem indiferença, não se olha ficando intocado, pode-se desviar o olhar mas por aquilo que nos fere, incomoda, intriga, intranquiliza, pode-se ficar hipnotizado por qualquer mecanismo de essência, mas nunca mudo e imutável. Aqui se desenha a sua auto-escultura em processo na relação com o outro, ou na hetero interacção que o apetrecha para o rasgar do corpo-pedra e libertar das emoções-castração.(...)” Ph.D. Fátima Feliciano, 2010.

“...destacaria dele a sua coerência e risco na hora de abordar os seus projectos artísticos netamente vinculados aos seus interesses teóricos e de investigação. Suas inquietudes para a indagação teórico-prática incidem numa interconexão entre Arte e Ciência, mais especificamente, Arte versus Cirurgia Plástica, Estética e Reconstrutiva, como necessidade intrínseca do sujeito pela conquista do outro, fazendo visíveis desde as suas instalações videográficas ou escultóricas, essa inseparável relação entre pensamento e tecnologia, processo e técnica. Tecnologia que nesse "vis a vis" com o corpo, nos fala da despersonalização ou edificação de um sujeito em construção através da práxis.” Ph.D. Alicia Vela, 2009.

“As suas inquietudes para a investigação teórico-prática incidem na interconexão entre Arte, Ciencia e Tecnologia de forma inovadora e eficaz, ...” Ph.D. Alicia Vela, 2008

“Em aparente antítese com o tema tão humano da sua pesquisa, Sá Cabral trabalha preferencialmente em materiais tão frios como o aço e o pó de mármore. (...) Inspirado por Vesálio, Rembrandt ou Da Vinci, o artista abre o corpo e, através das suas entranhas, qual xamane, analisa – em aço e mármore – as nossas pulsões de vida e morte. (...)” Clara Games (Jornalista), 2007.

“...manifestou sempre rigor na concepção e execução dos seus projectos, busca de fundamentação técnica e científica em relação com as áreas com que as suas temáticas se envolvem, investigação cuidada e atenta de aspectos que sintetizam a existência humana nas suas diversas formas de expressão, culminando na expressão artística e suas nuances ao nível da expressão plástica. Expressão de, para e no corpo, enquanto expansão das suas limitações, ensejo de re-identificação enaltecedora e ambição de imortalidade através de marcas de impressão humana que contornam a finitude do corpo humano.” Ph.D. Fátima Feliciano, 2006.